analógicas

Eu amo a fotografia analógica e todas as surpresas que ela pode proporcionar, as cores inesperadas e as experiências que podemos fazer com ela. É com a fotografia analógica que surgiu uma das minhas técnicas favoritas, a múltipla exposição.
Eu não tenho uma vasta coleção de câmeras que um fotógrafo possa considerar muito especial, ainda faltam tantas, mas tenho muitas point-and-shoot perdidas na minha coleção pessoal. E todas as câmeras tem sempre um filme dentro. Uma das minhas câmeras favoritas é a minha Olympus Trip 35 - presentinho da querida Iris, que achou em casa e guardou pra mim <3
Não sei se a Iris sabia quando me deu ela, mas a Trip 35 é uma câmera especial, super cobiçada no mundo fotográfico.
Além de ela ser uma graça (dá pra ver como ela é na minha mão na foto com o espelho do carro), ela surgiu nos anos 60, foi produzida em massa nos anos 80 e hoje a gente acha ela bem baratinha em feiras de antiguidade por ai. Na lente, ela tem um fotômetro de selênio, que é movido a energia solar! No modo automático, esse sistema do selênio é quem vai escolher a abertura e a velocidade, mas ela tem uma gama de opções manuais para poder brincar bastante e produzir fotos lindas. Por isso ela era tão popular e foi feita principalmente para quem viaja, pois além de ser compacta, não precisa carregar. Ela vendeu mais de 10 milhões e durante a década de 1970, foi objeto de uma campanha publicitária que contou com o fotógrafo britânico David Bailey. 

Uma outra câmera que eu adoro é a Pentax K1000. Foi a câmera que mais usei na época que fazia faculdade de fotografia, ela é ótima para praticar e para quem tá começando a estudar e quer entender a base da fotografia manual.

A K1000 é uma SLR (single-lens reflex), ou seja, ela usa um sistema de espelhos de movimento semi-automático que permite que o fotógrafo veja exatamente o que será capturado pelo filme ou pelo sistema de imagem digital (as câmeras profissionais hoje são as DSLRs e o D simboliza o digital). Isso tudo significa que a gente tem um controle maior sobre a foto, já que antes o visor não via exatamente o mesmo que a lente. Essa câmera tem um fotômetro no visor que permite que a gente controle toda as etapas de uma exposição: a abertura, a velocidade, o ISO, o foco.
Assim a liberdade criativa é infinita.

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